LA COMOSSIÒN
*Paz e néctar à todos*

CO.néctar*coletivonectar@gmail.com

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Donzela

O sensível da donzela se apresenta a um público que ela não vê, mas sente, cheira, degusta, ouve.
A experiência é primária, como um ser que nasce no agora, apesar de grande, crescida. Tudo é experimentar, primeiros atos de sentir, suspiros, risadas, medos.
O transformar é alegria essencial do ato de girar. Roda o corpo no eixo do seu ser, roda em movimentos cíclicos, roda sem ver o ar passar, roda a saia, os braços, a cabeça, a mente, o espírito, maná.
Roda até perder o controle do corpo, o racional já não faz parte, o que fica é o que resta, não se sabe para onde vai, onde vai cair,se vai cair, sem linha, sem caminho, perdida, porém feliz de estar perdida.
A pureza do riso limpa o corpo e faz do viver, flores.


Processo de Cassiana - Projeto Raiz 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Tríade de Deusas Néctar

Tríade de Deusas Néctar
Santíssima Trindade
Tríplice Luna
Trio
Três atrizes
Um filho do sol
Donzela - Mãe - Anciã
Ailime - Cassiana - Lívia
Vida - Morte - Renascimento
Criação - Nutrição - Destruição
Cria - a tua ação no mundo
Um eterno vir a ser
Ciclo mandálico
Presente - Passado - Futuro
Corpo - Alma - Espírito
Mãe - Pai - Filho

sábado, 3 de setembro de 2011

ENCONTRO CO.néctar 02/09

feedback de ailime huckembeck

não tenha medo de si.cura da expansão.

entro no fogo.
não deixo passar a vontade de mexer com tudo estagnado.
com as águas paradas.

vamos encher o espaço de cor.
tudo está laranja.

em giro. 

mente trabalhe. mente para mim.
me engano e choro, só porque estou só comigo.
 com a energia parada, há uma vida sou assim.ou mais.
ai...e me amo nesta dor.

como é quase primavera, vamos aquecer os corações.

não adianta se forçar, força no esforço e tudo cai.

tento buscar dentro das pistas que coloco no chão, 
o mínimo do eu que não sabe quem é.
e busca assim no espaço finito, o calor de um coração.

descobri que depois de sentir amor, judio, de medo de amor.
descobri que não é fácil transitar,  por esse lugar que estou.
descobri que depois de curar a dor, já não sinto, e invento o próximo sentimento.
amanhã posso não estar vazia, amanhã posso.

e tenho em mãos saídas, para abrir espaços, novos lugares.
carrego um molho de chaves de mim, uma para cada porta.para cada realidade.

não posso largar.
não posso simplesmente ver a dança alegre, ver o pássaro que visto, ver mamarem em mim.
e ver que é só isso.
uma chave para cada lugar. uma acesso.

só isso é ver?
meus olhos choram, o que isso quer dizer?

o que vejo?
agradeço.
por poder estar aqui.

luz

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Gitana en la crisis de los ojos

Os olhos que um dia foram meus
E que no ato, são da cigana
Procuram os olhos que a perseguem.
No instante do olhar, ela sente
O que os outros sentem.
A miragem se transforma em dor.
Não a minha,
pois vejo que o que sinto já é cênico,
Mas a dor dos outros
Que é real
Que tem força pra desmanchar figurino, maquiagem, cena
em lágrimas de pena, de compaixão, reais.
Os olhos
Instrumentos da percepção
Me fazem ver e sentir a vida
Em meio ao morto teatral.

terça-feira, 14 de junho de 2011

um sonho musical, por ailime*

Mulher maravilha (ailime huckembeck)

Maravilha

sou filha da era que já passou
caminhante cansada de limpar
a estatueta antiga
de mulher maravilha
que ficou sem vida
depois de se salvar

pequei como Madalena
vinda de forno quente de receita minha mãe
de sonho de casar filha menina
que já nasceu avessa
cuspindo sonhos em espirros

e de madre penso
que lindas suas mãos de shiva
doadora de tetas fartas
para os sugadores sem luz
uma negra chamada tereza
de veu branco que me deu
que virou saia
de rodar a baiana
a madre tereza disfarcada

mulher de todos
caída como tempestade
deixo a agua de cima se misturar
ao corpo de fogo daqui da terra
no meio do bambuzal
eu chamo o vento
chamo a chama
chama de brasa
mexe os cachos de mulher sabida
entendida e metida em briga
mesmo sem crista,
faz a poeira se levantar

sem querer ela se espera
olha para longe achando que vai chegar
olhando pela janela
ela ve que o eu é ela
e eu vejo ela no eu

ela que é o eu
maravilha

*ailime é apenas uma aspirante musical. 

Boas vindas ao novo filho!

Estou de licença poética, recebendo ou dando a luz.

Dar a luz deve ser seguido ao pé da letra.Meu filho é o reconhecer. reconhecer me. A crise de identidade que nasce. Preciso escuta-lo. A clareza vem. A luz que me dou. Depois de um mergulho inverso. Um mergulho interno. Dou me a luz.

Compreendido.

Mergulho inverso.

O útero é o lugar onde algo se cria. Cresce. Existe. Não desiste. Ele pode até não nascer, mas não morre. É a cria atividade. Minha cria. Que por meses comecei a senti-la dentro de ventre. Minhas relações apareceram, pessoas me visitaram. Homens que fui mulher. Rodas. Subida de montanha de sal. Sentimento de pele branqueada, uma mulher linda, um nascimento da pura beleza. 
Uma canção de ninar que o filho embalou a mae. Ai,ai,ai. Balanceio.
 Depois da caverna, branca, repousei, depois de me debater no chão. Cegueira repentina,estágio meio dormindo meio acordada. O filho começa a dançar, desenhando sobre o mundo, sobre tudo, se reconhecendo no universo. Deixo ele ir, e vejo o que ele é. uma pintura sobre tudo, cores, que  viajam pelos lugares. E eu me reencontro. Uma dança colorida enquanto me balança.

Agora na montanha branca, felina.

grata

luz

feedback de ailime, depois de um encontro/renascimento


*FASE DE REFERENCIAS PARA NOVO PROJETO
CONEXÃO COM A TERRA-GESTAÇÃO (PROPOSTO POR CASSIANA)
técnica de arte renascimento